Marilyn Monroe é um mito, uma lenda. Uma incógnita para muitos, deusa para muitos outros, Monroe sempre atraiu a atenção de todos, e como se ainda estivesse entre nós, o independente filme "Sete Dias com Marilyn (My Week with Marilyn)" se tornou um dos assuntos mais comentados pela mídia popular e especializada desde seu lançamento, no final de 2011.
Dirigido por Simon Curtis, escrito por Adrian Hodges e estrelado por Michelle Williams (após negociações com Kate Hudson, Scarlett Johansson, Amy Adams e Lindsay Lohan), o longa não se mostra biográfico, nem tampouco puro romance ou puro drama, mas um estudo; estudo sobre a pessoa que era Marilyn Monroe (nome artístico de Norma Jean Monterson), a pessoa por trás do ícone, e tudo baseado em fatos reais, a partir do diário de Colin Clark, na época assistente de direção do filme Prince and the Showgirl.
"sinopse: O filme focará no período que Marilyn Monroe (Michelle Williams) passou na Inglaterra filmando The Prince and the Showgirl ao lado de Laurence Olivier (Kenneth Branagh). A história adapta o livro homônimo de Colin Clark, que na época trabalhava como assistente nas filmagens. Durante uma semana, ele teve a oportunidade de ciceronear a diva - desesperada para escapar das pressões da rotina hollywoodiana - e mostrar-lhe o melhor da vida britânica."
Após tanto se falar sobre, sempre me pairou uma vontade em assistir ao longa, principalmente por Marilyn já estar intrínseca à história da arte cinematográfica, e ser personagem de muita curiosidade. Porém, foi apenas ao assistir o trailer (vindo em um outro aleatório filme alugado) é que eu senti a necessidade em conhecer essa história. Nem mal o tinha terminado, e eu parei o que estava fazendo, pausei o trailer e voltei à locadora para alugá-lo; fiquei simplesmente apaixonado pelos 2 minutos de divulgação, e não me arrependi.
Com uma direção impecável, unida à mais encantadora fotografia, Sete Dias com Marilyn me fisgou de forma sem igual. Confesso nunca ter pesquisado a fundo a história dessa mulher, mas o longa me levou além do clichê que temos da atriz; não somente um rosto naturalmente belo, nem apenas um símbolo sexual, mas uma mulher de mistérios, amores e intensa personalidade, Marilyn não fazia por ser, mas simplesmente era; não forçava por ser encantadora, mas simplesmente era, e assim ela conquistou o mundo, e principalmente os homens.
O filme, baseado em fatos, se passa durante as gravações de seu filme "The Prince and the Showgirl" e através do olhar de Colin Clark, assistente por quem ela se apegou em meio à pressão das gravações, onde consagrados atores da época não entendiam sua forma de atuar. Não se pode dizer ter havido romance, mas houve conexão. Marilyn, que estava em seu terceiro casamento, não era das mais confiantes mulheres (talvez por ter tído uma infância difícil), e esse fardo a cegou de seu estrelato; mesmo sendo a mulher mais influente da época, Marilyn se via presa ao passado, e apenas aos comprimidos podia recorrer.
Dentre muitas citações interessantes, uma me chamou atenção, e se fez uma definição exata do vivido por Monroe: Ela era uma estrela que apenas queria ser uma boa atriz. Por mais que todos a idolatrassem, ela apenas via a cobrança, o medo por falhar... Facetas inimagináveis diante dos sólidos papéis que ela, impecável e viceralmente, interpretava. Podemos ver uma artista vítima da fama, algo um tanto comum nos dias de hoje, mas na época fora ainda mais pesado. Marilyn foi a primeira.
Intenso enquanto leve, bonito enquanto feio, feliz enquanto triste, Sete Dias com Marilyn nos leva ao íntimo de Monroe através de quem em seu íntimo esteve. Nos mostra que dentro das mais estabelecidas e perfeitas imagens há sempre uma eterna luta.
Link do filme completo
Vale lembrar que o filme recebeu duas indicações ao Oscar (Melhor Atriz para Michelle Williams e Melhor Ator Coadjuvante para Kenneth Branagh).
Matt Cabot
10.10.12
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